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24.12.09

HOMEM PRIMATA, CAPITALISMO SELVAGEM!

Grande parte da produção agrícola mundial é apropriada pelos poderosos monopólios da indústria de alimentos. Estes, de posse desses produtos, colocam-nos à venda por preços cada vez mais elevados, impedindo o acesso de bilhões de pobres à comida. O índice FAO dos preços alimentares registrou uma alta de 63% nos preços dos cereais em quatro anos.Como se sabe, vivemos numa sociedade capitalista, o que quer dizer que para se alimentar, toda pessoa precisa ter dinheiro para comprar comida. Cada vez mais empobrecidas, por estarem desempregadas ou receberem baixos salários, grande parte da sociedade não tem como pagar água, luz, casa e ainda comprar comida. Em outras palavras, para mais de 1 bilhão de pessoas, se alimentar diariamente é um sonho muito distante.
Os alimentos, então, ficam nos supermercados ou são guardados em depósitos à espera de compradores. Depois, apodrecidos, são jogados no lixo.Para agravar essa situação, os donos da terra, em busca de lucros maiores, e os governos visando atender as montadoras de automóveis decidiram priorizar a produção de biocombustíveis. Hoje, mais da metade da produção agrícola é destinada a rações animais e à produção de alimentos para a fabricação de energia. Situação que tende a piorar, já que a expectativa da FAO é de que as lavouras de biocombustíveis aumentem 90% nos próximos anos.Não bastasse, existe ainda na chamada sociedade de consumo um enorme desperdício. Estudo do Instituto Internacional da Água de Estocolmo (SIWI) calculou que 30% dos alimentos comprados pelas famílias dos países ricos são jogados no lixo. Nos Estados Unidos, as famílias jogam fora cerca de meio quilo de comida por dia e na Grã-Bretanha, o desperdício é estimado entre 30% e 40%.Não é por acaso que diariamente, a propaganda burguesa inculca nas pessoas que o mais importante é comprar, pouco importando se a pessoa necessita ou não daquele produto.Não são poucos os programas de TV que apresentam pseudo-psicólogos dando como conselho para superar uma frustração fazer compras no shopping.Portanto, se os alimentos produzidos no mundo fossem distribuídos fraternalmente, nenhum ser humano morreria de fome no planeta.Mas isso, por mais boa vontade que se tenha, é impossível de se realizar num sistema econômico que tem como principal objetivo o enriquecimento de algumas famílias.De fato, enquanto 1,02 bilhão de pessoas passam fome, os 20 homens mais ricos do mundo são donos de uma fortuna de US$ 415,7 bilhões.Mas não é só. No capitalismo do século XXI, existe também a fome por cultura e por educação.

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