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15.2.13

Renúncia do Papa expõe crise no Vaticano


Na última segunda-feira, 11, o papa Bento XVI anunciou que vai renunciar ao pontificado no próximo dia 28 de fevereiro. Seria muito simplista acreditar nas suas justificativas: Joseph Ratzinger, ou Bento XVI, alega estar velho e cansado para continuar à frente da Igreja. Parece mais, na verdade, uma retirada tática, ou melhor, uma forma de lidar com a crise pela qual o catolicismo está passando e de tentar evitar um possível aprofundamento causado pela abertura de uma disputa de poder descontrolada após a morte do papa.

Joseph Ratzinger foi escolhido para sucessor de Karol Wojtyla, o João Paulo II. Ele já trabalhava há 24 anos ao lado de João Paulo II, como responsável pela Congregação Doutrina da Fé, o novo nome da Santa Inquisição. Bento XVI, em sua juventude, foi membro da juventude hitlerista. Ele ficou conhecido por seu ultraconservadorismo. Ratzinger, entre outras barbaridades, combateu os homossexuais, o sexo sem fins reprodutivos, os movimentos feministas, os métodos contraceptivos, o divórcio.

Igreja em crise
Pode parecer forçado fazer algumas analogias históricas, mas não se pode desconsiderar que a última renúncia, de Gregório XII, aconteceu em 1415 em meio a uma das maiores crises da Igreja, durante a chamada Grande Cisma, quando existiam, na prática, três papas. Por trás de tudo isto, estava o colapso final do feudalismo e, principalmente, do teocentrismo com todos os seus significados. Ser obrigado a renunciar agora parece uma tentativa de se localizar diante de uma crise de proporções distintas, mas profundas. Em suma, talvez o papa não tivesse mais condições físicas de se colocar à frente do Vaticano para lidar com coisas bem concretas: os escândalos de pedofilia, as denúncias de corrupção etc.

Contudo, independentemente da linha dura de Bento XVI, a Igreja tem perdido espaço não só institucional, com o crescimento dos evangélicos e pentecostais, mas também em termos ideológicos. Por mais contraditório que seja com o aumento da opressão no mundo, os movimentos têm arrancado algumas conquistas que acabam resgatando o caráter secular e laico na legislação sobre o aborto, a união civil LGBT etc. Neste sentido, a figura de Bento XVI está grudada demais às suas declarações ultraconservadoras sobre o assunto. Seu afastamento não significa uma mudança de postura, mas pode ser uma maneira de envernizar a cara retrógrada da Igreja e diminuir a podridão que vem cada vez mais à tona.

De qualquer forma, mais do que tirar o time de campo, Bento XVI conseguiu garantir que continuará comandando a transição nos bastidores. Independentemente de qualquer possível adaptação às novas necessidades ou de qualquer que seja a nacionalidade do novo pontífice, as linhas gerais do Vaticano continuarão as mesmas.

9.2.13

Pela retirada da denúncia contra os estudantes


Poucas semanas depois da reitoria da USP aplicar penas leves contra os estudantes presos durante a reintegração de posse o Ministério Público faz uma denúncia contra os 72 estudantes.
As acusações são absurdas de “formação de quadrilha; posse de explosivos; dano ao patrimônio público, crime ambiental (pichações).”
A Juíza Letícia Dea Banks Ferreira Lopes, da 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo rejeitou a acusação de formação de quadrilha contra os estudantes da Unifesp afirmando “não se vislumbra a materialidade delitiva, pois o tipo exige o vínculo estável ou permanente para o cometimento de crimes, o que não se aplica ao caso”.
O caso dos estudantes da USP é muito parecida. É evidente que não existia nenhum tipo de vinculo estável ou permanente entre os estudantes. Aquele era um movimento político pontual. Os estudantes se juntaram contra a PM na cidade universitária e a ditadura o reitor-interventor João Grandino Rodas.
A luta pelo direito de organização e manifestação é uma condição fundamental para a própria existência do movimento estudantil e, neste sentido, para o desenvolvimento da luta por uma universidade pública, gratuita, aberta e a serviço de toda a população.

Pela retirada da denúncia contra os estudantes


Poucas semanas depois da reitoria da USP aplicar penas leves contra os estudantes presos durante a reintegração de posse o Ministério Público faz uma denúncia contra os 72 estudantes.
As acusações são absurdas de “formação de quadrilha; posse de explosivos; dano ao patrimônio público, crime ambiental (pichações).”
A Juíza Letícia Dea Banks Ferreira Lopes, da 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo rejeitou a acusação de formação de quadrilha contra os estudantes da Unifesp afirmando “não se vislumbra a materialidade delitiva, pois o tipo exige o vínculo estável ou permanente para o cometimento de crimes, o que não se aplica ao caso”.
O caso dos estudantes da USP é muito parecida. É evidente que não existia nenhum tipo de vinculo estável ou permanente entre os estudantes. Aquele era um movimento político pontual. Os estudantes se juntaram contra a PM na cidade universitária e a ditadura o reitor-interventor João Grandino Rodas.
A luta pelo direito de organização e manifestação é uma condição fundamental para a própria existência do movimento estudantil e, neste sentido, para o desenvolvimento da luta por uma universidade pública, gratuita, aberta e a serviço de toda a população.