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3.12.08

Heróis do Povo Marianense!


 Companheiro Helber, Presente! Agora e Sempre!

Helber Goulart nasceu no dia 19 de Setembro de 1944, na cidade de Mariana, interior de Minas Gerais. Filho de Geraldo Goulart do Nascimento e de Jandira de Souza Gomes.Aos 10 anos já era jornaleiro e depois entrou para a Prefeitura Municipal de Mariana, na condição de datilografo. Estudou até a 2 série do ensino fundamental, mas a pouca escolaridade não o impediu de ser um grande revolucionário.Iniciado na luta política através de seu pai, antigo membro do Partido Comunista, nesse mesmo ano juntou-se ao “Grupo dos Onze”.Após o Golpe Militar de 1964 Helber foi julgado na Auditoria de Juiz de Fora e, em seguida, mudou-se para o Mato Grosso, para trabalhar na construção da Hidrelétrica de Urubupungá, como apontador. Sempre foi revoltado com as péssimas condições de trabalho e segurança a que eram submetidos os operários.Retornou a Mariana em 1968, mudando-se para Ouro Preto em 1969, quando se integrou à Ação Libertadora Nacional/ALN.Partiu em 1971 para São Paulo, já clandestino. A partir de então, os contatos com a família foram sendo feitos através de cartas e de raros encontros.Os últimos encontros foram nos meses de março e junho de 1973, pouco antes de sua morte pelas forças da repressão.Numa carta enviada à família, em 08 de outubro de 1971, ele brincava dizendo que trabalhava 25 horas por dia pois levantava sempre 1 hora mais cedo e não tinha tempo para “paquerar”. Dizia que os problemas não se resolveriam no plano individual e sim coletivamente; recomendava-Ihes bons livros e bons filmes: “Queimada”, “Os Estranhos Caminhos de São Tiago” e, também, a leitura do “Pasquim”.Criticava o sistema capitalista, o ufanismo exagerado, a política de massificação, despedindo-se com afeto e saudades. Sua última carta é datada de 07 de setembro de 1972.Helber foi preso e torturado até a morte pelos agentes do DOI-CODI/São Paulo.A versão oficial é de morte em tiroteio, às 16 horas do dia 16 de julho de 1973, nas imediações do Museu do Ipiranga, em São Paulo.Entretanto, Helber foi visto no DOI-CODI/SP por diversos presos políticos alguns dias antes do dia 16, quando estava com a barba por fazer há vários dias.Em conseqüência das torturas sofridas, seu estado de saúde obrigou os agentes do DOI-CODI a levá-lo, para ser atendido no Hospital Geral do Exército, no Cambuci, bairro próximo ao Museu do lpiranga.Sua família tomou conhecimento de sua morte no dia 18 de julho de 1973 pela TV, e no dia 19 de julho, através dos jornais.Não teve acesso aos seus objetos pessoais: documentos, roupas, livros e outros pertences.O laudo do exame cadavérico do Instituto Médico Legal foi solicitado pelo delegado Romeu Tuma, na época chefe do Setor de Inteligência do DEOPS/SP. O laudo necroscópico, assinado por Harry Shibata e Orlando Brandão, descreve diversos ferimentos, sem referir-se às marcas de tortura.Foi enterrado como indigente no Cemitério de Perus/SP. Seus restos mortais foram exumados e identificados pela equipe da UNICAMP e, em 13 de julho de 1992, trasladado para Mariana, onde foram sepultados no Cemitério de Santana, após missa celebrada por D. Luciano Mendes de Almeida, presidente da CNBB.O Relatório do Ministério da Marinha mantém a falsa versão de morte em tiroteio.

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