FILIE-SE A UNIÃO DOS ESTUDANTES DE MARIANA!

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20.6.13

A velha luta de classes anuncia um novo tempo

Em São Paulo, aproximadamente 60 mil jovens e trabalhadores manifestaram-se contra o reajuste do preço das passagens. Em Florianópolis, os motoristas e cobradores entraram em greve. Em Recife, os metroviários ameaçam greve. Para o dia 20 de junho, estão convocadas manifestações nos pais inteiro contra o reajuste dos preços de passagens. Em Mato Grosso do Sul, em uma ocupação de terras, um índio terena foi assassinado pelas tropas federais. Em São Paulo um promotor pede que a PM atire nos manifestantes. A temperatura está subindo na luta de classes e só não vê os que vão passear em Paris e esquecem o sofrimento do povo.Outro fato que exige uma reflexão foi a depredação da faixada da sede nacional do PT, próxima à Praça da Sé. Mesmo que tenha sido um pequeno grupo (funcionários do PT disseram que cerca de 200 manifestantes ao fugir da repressão passaram pela rua do Diretório Nacional do PT, e alguns poucos dentre estes, pararam em frente ao PT e começaram a atacá-lo), isso é significativo. Se a direção e os governos do PT aplicassem uma política em defesa dos interesses dos trabalhadores, será que passaria pela cabeça de algum manifestante depredar sua sede nacional?

Uma nova situação
A indignação está aumentando e isto tem relação direta com a situação econômica. A crise está chegando e as medidas tomadas pelo governo - desoneração da folha, investimentos em grupos privados, MP de entrega dos portos, privatizações (“concessões”) generalizadas, previsão de mais concessões e leilões de petróleo no próximo semestre – tudo isso não resolve nada e só acelera a chegada da crise. A bolsa cai, o dólar sobe e, mais importante que tudo isso, os alimentos sobem de preço. Sim, a inflação oficial está por volta de 6%, mas qualquer um que vá ao supermercado sabe que o preço da comida subiu 20%, 30% ou até dobrou, conforme o item. E isto é que conta no bolso do trabalhador. 
Os Ministros podem se desdobrar em desculpas, Dilma pode programar uma “agenda positiva”, mas a verdade é que aquilo que está doendo no bolso do trabalhador só pode ser enfrentado com medidas duras de enfrentamento ao patronato e ao imperialismo, e este governo, com o PT entranhado nas alianças com a burguesia, não tem condições de fazer!
Para a maioria dos dirigentes do PT a ordem é defender o “nosso campo”, “nossas alianças” contra o PSDB, que é a “reação”. Entretanto, na hora de anunciar o aumento das tarifas em São Paulo, o Prefeito Haddad, do PT, juntou-se a Alckmin do PSDB. Na hora de criticar os manifestantes e defender a PM, Haddad novamente encontra-se junto com Alckmin.
Depois, quando a grande imprensa comemora a queda de Dilma nas pesquisas, os dirigentes do PT não conseguem explicar nada e apenas reclamam do ‘partido da imprensa’.

O mundo em ebulição
Dilma depois que editou a MP que reduz impostos sobre transportes municipais se calou sobre os aumentos generalizados ocorridos no país. Sim, eles não têm nada a dizer por que se recusam a romper com a burguesia, com os grandes empresários e querem “governar com normalidade”. O problema é que o mundo inteiro está deixando de ser “normal” e a velha luta de classes ressurge pra valer. A Suécia arde durante semanas na revolta de jovens e imigrantes que queimam restaurantes, escolas e bancos e deixam escrito: “local que nunca vou poder ir”. Sim, a diferença social conduz à revolta e isto vale para a Suécia, Turquia e Brasil. 

É apenas o inicio de um vendaval
A Folha de São Paulo retratou o sofrimento e o espanto de quem ia de carro e assistia assustado a guerra dos policiais armados contra jovens desarmados, atacando-os com bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha, nas ruas de São Paulo. Mais assustados ainda estão os trabalhadores e jovens que verificam que o salário que recebem não é suficiente para pagar aluguel, o transporte e a comida no final do mês. Ficam assustados e estão cansados de irem e virem do trabalho em ônibus e metrôs apinhados até as tampas, e só não caem porque não tem lugar pra cair, de tão cheio que vão os vagões e ônibus.  Estão cansados e assustados por morarem nas longínquas periferias aterrorizadas pela polícia e pela bandidagem. Para além do cansaço, começam a buscar saídas, lutam e se revoltam! Mas é apenas o início! Ventos mais fortes soprarão.

15.2.13

Renúncia do Papa expõe crise no Vaticano


Na última segunda-feira, 11, o papa Bento XVI anunciou que vai renunciar ao pontificado no próximo dia 28 de fevereiro. Seria muito simplista acreditar nas suas justificativas: Joseph Ratzinger, ou Bento XVI, alega estar velho e cansado para continuar à frente da Igreja. Parece mais, na verdade, uma retirada tática, ou melhor, uma forma de lidar com a crise pela qual o catolicismo está passando e de tentar evitar um possível aprofundamento causado pela abertura de uma disputa de poder descontrolada após a morte do papa.

Joseph Ratzinger foi escolhido para sucessor de Karol Wojtyla, o João Paulo II. Ele já trabalhava há 24 anos ao lado de João Paulo II, como responsável pela Congregação Doutrina da Fé, o novo nome da Santa Inquisição. Bento XVI, em sua juventude, foi membro da juventude hitlerista. Ele ficou conhecido por seu ultraconservadorismo. Ratzinger, entre outras barbaridades, combateu os homossexuais, o sexo sem fins reprodutivos, os movimentos feministas, os métodos contraceptivos, o divórcio.

Igreja em crise
Pode parecer forçado fazer algumas analogias históricas, mas não se pode desconsiderar que a última renúncia, de Gregório XII, aconteceu em 1415 em meio a uma das maiores crises da Igreja, durante a chamada Grande Cisma, quando existiam, na prática, três papas. Por trás de tudo isto, estava o colapso final do feudalismo e, principalmente, do teocentrismo com todos os seus significados. Ser obrigado a renunciar agora parece uma tentativa de se localizar diante de uma crise de proporções distintas, mas profundas. Em suma, talvez o papa não tivesse mais condições físicas de se colocar à frente do Vaticano para lidar com coisas bem concretas: os escândalos de pedofilia, as denúncias de corrupção etc.

Contudo, independentemente da linha dura de Bento XVI, a Igreja tem perdido espaço não só institucional, com o crescimento dos evangélicos e pentecostais, mas também em termos ideológicos. Por mais contraditório que seja com o aumento da opressão no mundo, os movimentos têm arrancado algumas conquistas que acabam resgatando o caráter secular e laico na legislação sobre o aborto, a união civil LGBT etc. Neste sentido, a figura de Bento XVI está grudada demais às suas declarações ultraconservadoras sobre o assunto. Seu afastamento não significa uma mudança de postura, mas pode ser uma maneira de envernizar a cara retrógrada da Igreja e diminuir a podridão que vem cada vez mais à tona.

De qualquer forma, mais do que tirar o time de campo, Bento XVI conseguiu garantir que continuará comandando a transição nos bastidores. Independentemente de qualquer possível adaptação às novas necessidades ou de qualquer que seja a nacionalidade do novo pontífice, as linhas gerais do Vaticano continuarão as mesmas.

9.2.13

Pela retirada da denúncia contra os estudantes


Poucas semanas depois da reitoria da USP aplicar penas leves contra os estudantes presos durante a reintegração de posse o Ministério Público faz uma denúncia contra os 72 estudantes.
As acusações são absurdas de “formação de quadrilha; posse de explosivos; dano ao patrimônio público, crime ambiental (pichações).”
A Juíza Letícia Dea Banks Ferreira Lopes, da 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo rejeitou a acusação de formação de quadrilha contra os estudantes da Unifesp afirmando “não se vislumbra a materialidade delitiva, pois o tipo exige o vínculo estável ou permanente para o cometimento de crimes, o que não se aplica ao caso”.
O caso dos estudantes da USP é muito parecida. É evidente que não existia nenhum tipo de vinculo estável ou permanente entre os estudantes. Aquele era um movimento político pontual. Os estudantes se juntaram contra a PM na cidade universitária e a ditadura o reitor-interventor João Grandino Rodas.
A luta pelo direito de organização e manifestação é uma condição fundamental para a própria existência do movimento estudantil e, neste sentido, para o desenvolvimento da luta por uma universidade pública, gratuita, aberta e a serviço de toda a população.

Pela retirada da denúncia contra os estudantes


Poucas semanas depois da reitoria da USP aplicar penas leves contra os estudantes presos durante a reintegração de posse o Ministério Público faz uma denúncia contra os 72 estudantes.
As acusações são absurdas de “formação de quadrilha; posse de explosivos; dano ao patrimônio público, crime ambiental (pichações).”
A Juíza Letícia Dea Banks Ferreira Lopes, da 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo rejeitou a acusação de formação de quadrilha contra os estudantes da Unifesp afirmando “não se vislumbra a materialidade delitiva, pois o tipo exige o vínculo estável ou permanente para o cometimento de crimes, o que não se aplica ao caso”.
O caso dos estudantes da USP é muito parecida. É evidente que não existia nenhum tipo de vinculo estável ou permanente entre os estudantes. Aquele era um movimento político pontual. Os estudantes se juntaram contra a PM na cidade universitária e a ditadura o reitor-interventor João Grandino Rodas.
A luta pelo direito de organização e manifestação é uma condição fundamental para a própria existência do movimento estudantil e, neste sentido, para o desenvolvimento da luta por uma universidade pública, gratuita, aberta e a serviço de toda a população.

12.8.12

CONSTRUIR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO DENTRO DE CADA SALA DE AULA!

Somos a grande maioria da população de nosso país e do mundo. Somos milhões. Entretanto, estamos entre os que mais sofrem. O injusto e ultrapassado sistema de sociedade em que vivemos, o capitalismo, em sua fase final, o imperialismo, nega nossos direitos, tolhe nossa criatividade e nos reprime. Queremos trabalhar e não temos emprego. Queremos estudar, e o governo corta as verbas para a educação. Queremos comida, e muito dos jovens brasileiros passam fome. Queremos música, esporte, cultura e, no entanto, quase tudo, o dinheiro, o capital, transforma em sua imagem e semelhança. Roubam nossos sonhos. Tiram-nos a possibilidade de nos realizarmos plenamente como seres humanos e de encontrarmos a felicidade a que temos direito. O nosso país está dividido em classes antagônicas, entre capitalistas e trabalhadores, tanto na cidade como no campo, entre exploradores e explorados, e é governado pelo poder ditatorial da burguesia, dos grandes banqueiros nacionais e estrangeiros. Os ricos, graças à super-exploração dos trabalhadores, ficam cada vez mais ricos, e os pobres, cada dia mais pobres. Para a burguesia prevalece o lucro fácil, a apropriação das verbas públicas, a corrupção e a certeza da impunidade. Para o povo, a miséria e a violência policial sobre os trabalhadores e seus filhos.Somente através de livre e combativa organização dos estudantes, juntantamente com a classe operária, os camponeses pobres e as camadas populares, conseguiremos vencer a guerra contra o capitalismo, e construi uma sociedade socialista, fruto da revolução proletária.Enquanto isso precisamos continuar travando grandes batalhas pela democratização do ensino, pela liberdade de expressão dentro das salas de aula e contra a privatização da educação.

Também é de extrema importância os movimentos em defesa do passe-livre estudantil e em solidariedade as juventudes combativas de todo o mundo.É nesse contexto que surge em  1 de Setembro de 2001, a Frente Estudantil Rebelião em Mariana, responsável pela reorganização do Movimento Estudantil Revolucionário na região dos Inconfidentes.Desde 2002, depois do seu Primeiro Congresso, a Frente Estudantil Rebelião, passou-se a se chamar União dos Estudantes de Mariana, tendo seu registro crivado em cartório.Atualmente a União dos Estudantes de Mariana, representa mais de 11 mil alunos regularmente matriculados na cidade e nos distritos da primeira capital de Minas.Temos como patrono, o jovem funcionário público, José Helber Gomes Goulart, militante estudantil, líder operário e guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional, sendo natural de Mariana, Helber sempre dedicou sua vida em prol da melhoria das condições de vida do nosso povo.Helber Goulart, assim como tantos outros revolucionários nascidos nas cidades de Mariana e Ouro Preto, foi brutalmente assassinado, depois de inúmeras torturas nos porões da Ditadura, em São Paulo, no final dos anos 70.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE MARIANA DENUNCIA REPRESSÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS!

Rebeliao entrevista Julia, militante da UJR e presidente do Grêmio do Estadual Central, detida dentra da escola pela PM de Minas ao convocar os estudantes para a manifestação pelo meio-passe em Belo Horizonte.

Júlia RaffoREBELIÃO: Júlia, a Policia Militar de Minas se fez presente no Estadual Central para inibir a presença do movimento estudantil na escola. O que aconteceu?
JÚLIA: Há mais de um mês estamos tentando ser recebidos pelo diretor da escola,para dialogar a respeito da atuação do Grêmio. Em todos os momentos, fomos tratados com arrogância por parte do diretor, que alegou que o Grêmio não existe, inclusive inclusive trocando a fechadura de nossa sala para tentar impedir o acesso dos estudantes à entidade. No dia em que os policiais entraram na escola, estávamos eu, Bruno e mais 4 integrantes do Grêmio passando em sala para apresentar a entidade e mobilizar para a passeata do meio passe, que aconteceria no dia seguinte. Ao tentarmos subir a rampa da escola, um funcionário agrediu Laryssa Rayanne (diretora do Grêmio) e ameaçou bater no Bruno. Os estudantes que estavam no corredor se indignaram e começaram a vaiar. Chegaram diversos funcionários, a mando da direção, tentando nos expulsar da escola. Como estávamos respaldados pela lei, permanecemos lá. A direção chamou a polícia, que alegou não se importar com a lei e, com muita truculência, me deu uma chave de braço e prendeu a mim e ao Bruno. 

REBELIÃO: Júlia, a ação dos funcionários da escola combatendo o movimento estudantil e até agredindo estudantes dentro do Estadual Central é uma constante? Já existiram outros casos? Como os estudantes tem reagido?
JÚLIA: No Estadual Central, situações como essa já aconteceram diversas vezes, e com a total conivência da direção. No ano passado, organizamos uma grande passeata dos estudantes do turno da tarde, pela exoneração da funcionária Cristina Buzelin, que há anos desrespeitava os estudantes com comentários e atos homofóbicos, e também contra o Grêmio, chegando a dizer que sente saudades da Ditadura Militar, pois naquela época jovens dirigentes eram torturados e brutalmente assassinados. O fato estourou quando a mesma agrediu verbalmente um dos diretores do Grêmio, que é estrangeiro, alegando que o estudante era "um uruguaio que não vale nada", e que nem o próprio país o reconhecia.

REBELIÃO: Júlia, depois dessa agressão como foi a volta à escola? Estudantes de outras instituições entraram em contato com você?
JÚLIA: A indignação tem tomado conta da escola, desde o acontecido. Na hora em que fomos colocados à força na viatura, os estudantes tentaram fazer um cordão para não deixar o carro passar. No dia seguinte, fizemos uma panfletagem e muita gente se colocou à disposição de contribuir e participar ativamente do Grêmio para acabar com os ataques da direção. Recebemos ligações e mensagens de estudantes de diversas escolas. Também recebemos apoio de diversas entidades, como o Grêmio do CEFET-MG, Villa Lobos, comissão pró-grêmio do Instituto de Educação e DCE's que na mesma hora foram à escola prestar solidariedade.

REBELIÃO: Júlia, qual o recado que vocês gostariam de deixar para os leitores dessa entrevista quanto a participação de vocês no movimento e esse ato arbitrário e fascista praticado pela direção da escola e pela PM de Minas?
JÚLIA: Que não devemos pensar em desistir, nem por um segundo. O Governo de Minas Gerais tem em suas mãos um aparelho forte, como a direção várias escolas, e tenta usá-lo para acabar com a luta dos trabalhadores e principalmente dos estudantes, pois sabe que a juventude tem espírito de luta. Essa atitude só demonstra que nossa luta é forte o suficiente para perturbá-los. Portanto, esse é o momento de avançar, aumentar a mobilização dos estudantes e mostrar que não aceitaremos uma nova Ditadura Militar e que, mais do que isso, lutaremos até o fim pela plena liberdade

John Lennon na mira do FBI e a entrevista perdida!

Jonh Lennon e Chê Guevara, Chicaco, 1966.
Documentos confirmam o que até então era apenas uma paranoia dos adeptos da teoria da conspiração:Nixon mandou   investigar  John Lennon sob a acusação de ''comunismo''.

Os documentos, divulgados esta semana depois de uma luta legal de um quarto de século, somente confirmam o caráter progressista e envolvido de Lennon e a obstinação do governo Nixon em investigar de maneira suja e sub-reptícia tudo o que remotam.Teria sido esse o motivo do cantor britântico ter se separado do restante dos Beatles?Nem Tony Blair vai ordenar a invasão dos EUA nem os documentos eram tão importantes quanto o FBI fizera supor com base em um segredo obstinado que agora se mostra infundado e paranóico. Durante 25 anos o Departamento de Justiça se negou sistematicamente a desclassificar os últimos documentos sobre a investigação a que o governo Richard Nixon submeteu o beatle John Lennon durante seus anos de residência no país.Os advogados do FBI, obcecados por manter em segredo esses papéis, chegaram a alegar diante de um juiz que publicá-los seria extremamente perigoso porque ''contêm informação sobre a segurança nacional proporcionada por um governo estrangeiro sob uma promessa expressa de confidencialidade; é razoável esperar que se essa promessa for rompida se tomem represálias diplomáticas, econômicas e militares contra os EUA'', exagerou o FBI.O ''governo estrangeiro'' era o do Reino Unido, o conteúdo dos informes era na realidade inócuo e a ''possibilidade razoável de represálias militares'' hoje parece uma piada. Os documentos, divulgados esta semana depois de uma luta legal de um quarto de século, somente confirmam o caráter progressista e envolvido de Lennon e a obstinação do governo Nixon em investigar de maneira suja e sub-reptícia tudo o que remotamente pudesse ser incluído na categoria de ''comunista''.Nixon também temia que Lennon apoiasse publicamente seu rival democrata nas presidenciais de 1972, George S. McGovern, e odiava ver um artista tão admirado em manifestações contra a Guerra do Vietnã.Segundo o historiador John Wiener, os últimos documentos sobre a investigação de Lennon demonstram que o governo Nixon gastou uma fortuna em dinheiro público sem jamais conseguir demonstrar que suas atividades fossem ''uma ameaça'', nos termos da época.Não existe qualquer prova de que Lennon proporcionasse algo mais que apoio ideológico a grupos de esquerda ou movimentos contra a Guerra do Vietnã. Os papéis incluem alguns detalhes da ligação de Lennon com grupos desse tipo em Londres no início dos anos 70.O elemento mais interessante está possivelmente em um relatório que o então diretor do FBI, J. Edgar Hoover, enviou ao chefe de gabinete de Nixon, H. R. Haldeman, no qual fala do interesse de Lennon ''nas atividades da extrema-esquerda na Grã-Bretanha''. ''Sabe-se que simpatiza com os comunistas trotskistas na Inglaterra'', escreve o todo-poderoso Hoover.Diante de semelhante pecado político na época, o FBI havia detectado uma hesitação de Lennon em participar ativamente de algumas iniciativas desses ''inimigos''. Os relatórios demonstram que Lennon recusou financiar iniciativas extremamente perigosas e subversivas como ''abrir uma livraria e uma sala de leitura com livros progressistas em Londres''.Dois esquerdistas britânicos, Tariq Ali e Robin Blackburn, tentaram convencer Lennon a fazer uma doação que permitisse abrir a livraria; o compositor nunca lhes deu uma libra. Afinal, Nixon acabou emaranhado no escândalo de Watergate e Lennon não foi deportado. Conseguiu sua carteira de residência em 1975.O historiador Wiener acredita que o conteúdo dos documentos ''coloca em ridículo o governo dos EUA''. E não só o da época: os advogados do Departamento de Justiça ainda lutavam nos tribunais há dois anos para evitar a revelação dos relatórios. Um tribunal federal acabou promovendo um acordo entre Wiener e o FBI, e este departamento finalmente aceitou divulgar os documentos.



11.8.12

HONRA E GLÓRIA AOS HERÓIS DO POVO!

Militante do MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO 8 DE OUTUBRO (MR-8).



Nasceu a 11 de janeiro de 1946, na Bahia, filho de Norman Angel Jones e Zuleika Angel Jones.Desaparecido desde 1971, aos 26 anos de idade.Casado com Sônia Maria Morais Angel Jones (morta). Estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Foi preso no Grajaú (próximo à Av. 28 de Setembro), no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1971, cerca das 9:00 horas, por agentes do Centro de Informações da Aeronáutica (CISA), para onde foi levado e torturado.Ao cair da noite, após inúmeras sessões de tortura, já com o corpo esfolado, foi amarrado à traseira de um jipe da Aeronáutica e arrastado pelo pátio com a boca colada ao cano de descarga do veículo, o que ocasionou sua morte por asfixia e intoxicação por monóxido de carbono.Em 08 de abril de 1987, a Revista “Isto É”, na matéria “Longe do Ponto Final”, publica declarações do ex-médico torturador Amílcar Lobo, que reconheceu ter visto Stuart no DOI-CODI/RJ, sem precisar a data.O preso político Alex Polari de Alverga é testemunha da prisão e tortura até a morte de Stuart, tendo inclusive presenciado a cena em que ele era arrastado por um jipe, com a boca no cano de descarga do veículo, pelo pátio interno do quartel.No Relatório do Ministério da Marinha consta que foi “morto em 5 de janeiro de 1971, no Hospital Central do Exército...”O Relatório do Ministério da Aeronáutica faz referências às denúncias sobre a morte de Stuart feitas por Alex Polari. Ao invés de esclarecer sua morte, dados do relatório falam da vida pregressa de Alex e finaliza dizendo: “neste órgão não há dados a respeito da prisão e suposta morte de Stuart Edgar Angel Jones.”Artigo da “Folha de São Paulo” de 2/9/79, assinado por Tamar de Castro, intitulado: “Seu filho está sendo morto, agora”:“Zuzu Angel, figurinista morta em circunstâncias ainda não esclarecidas, em 1976, relata em depoimento inédito ao historiador Hélio Silva, agora divulgado, o desaparecimento de seu filho, Stuart Edgar Angel Jones, estudante e professor, que - segundo suas denúncias - foi seqüestrado no dia 14 de julho de 1971 por agentes ligados ao Centro de Informações da Aeronáutica (CISA), e - ainda segundo as denúncias - torturado e morto na Base Aérea do Galeão.As torturas teriam sido presenciadas por outro preso político, Alex Polari de Alverga que, através de uma carta, informou Zuzu Angel das circunstâncias da morte de Stuart. Alex Polari cumpre atualmente pena de prisão no presídio da Frei Caneca, no Rio.Baseada na carta de Alex e em outras evidências, Zuzu denunciou o assassinato de Stuart - de dupla cidadania, brasileira e norte-americana - ao senador Edward Kennedy, que levou o caso ao Congresso dos Estados Unidos. A mãe do estudante morto entregou também ao secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, - quando este esteve no Brasil, em 1976 - uma carta pessoal, a tradução da carta de Alex e um exemplar do vigésimo volume da série ‘História da República Brasileira’, de Hélio Silva, onde o autor relata a morte do estudante.Segundo o historiador, o afastamento da 3ª Zona Aérea e posterior reforma do brigadeiro João Paulo Penido Burnier e a própria destituição do então ministro da Aeronáutica, Márcio Souza e Melo, estiveram relacionados com os protestos norte-americanos pela morte de Stuart.O caso Stuart Angel mistura-se com o plano de utilizacão do PARASAR para eliminação de lideranças políticas, concebido pelo brigadeiro Burnier em 1968. O plano foi denunciado pelo capitão Sérgio Miranda Ribeiro de Carvalho que, por este motivo, foi punido com base no Ato Institucional n° 5.O depoimento de Zuzu Angel foi prestado em 10 de fevereiro de 1976, um mês antes de sua morte, ao historiador Hélio Silva na qualidade de diretor do Centro de Memória Social Brasileira, da Faculdade Cândido Mendes, auxiliado por Maria Cecilia Ribas Carneiro, pesquisadora assistente. Nele, Zuzu Angel relata sua peregrinação junto a autoridades militares para ter alguma notícia sobre a prisão de seu filho, os desmentidos de que o estudante estivesse preso, feitos pessoalmente pelo general Sílvio Frota, na época comandante do 1° Exército.Zuzu Angel afirma que as torturas sofridas por seu filho foram confirmadas, inclusive, pela visita que recebeu da sra. Lígia Tedesco, mulher do brigadeiro Tedesco, amigo pessoal de Burnier. A sra. Tedesco reafirmou as torturas sofridas no CISA por ‘um rapaz’ e procurou diminuir a indignação de Zuzu assegurando-lhe que ‘esse rapaz não era o seu filho’. Oficialmente, Stuart Angel Jones foi considerado revel, julgado e absolvido pelos tribunais competentes.”


4.7.12

MOVIMENTO ESTUDANTIL APOIA A LUTA DO MLC CONTRA A DELPHI EM ITABIRITO!

 Delphi foi responsável pela morte da estudante Debora Heloar,
 funcionária do setor de metalurgia da multinacional em Itabirito.

No dia 7 de junho, a jovem operária Débora Heloar, de 20 anos, faleceu dentro da empresa Delphi Packard Electric Systems, empresa americana que fabrica chicotes elétricos (fiação elétrica) para a Fiat Automóveis na cidade mineira de Itabirito, próximo à região dos Inconfidentes. A morte da jovem revoltou os operários da fábrica e intensificou a campanha de denúncias contra a multinacional.Quando os empregados afastados temporariamente retornam ao trabalho, voltam a exercer as mesmas atividades que geraram as doenças profissionais e suas sequelas. Andreia, um exemplo dessa situação, já ficou afastada duas vezes, o que totaliza quatro anos longe da empresa pelo mesmo problema. “Trabalhava no setor de tableiro, que era uma bancada fixa onde são montados os chicotes. Quanto voltei, o setor foi renomeado para conveyor e a mesa agora é giratória, e nela o ritmo de trabalho é acelerado, o tempo da máquina é controlado e um chicote fica pronto em um minuto e quarenta e cinco segundos”, conta, e completa: “Sem falar na tensão e no cansaço que retiram todo o nosso interesse em manter uma vida saudável”, denuncia a jovem operária!Os números registrados ilustram a situação na empresa, onde mulheres e adolescentes são tratados como verdadeiros escravos. Atualmente, 130 empregados estão afastados e outros 60, na faixa de 20 a 26 anos, foram aposentados por invalidez. Entre as doenças profissionais mais comuns estão a Dort (Distúrbios Ósseos Musculares Relacionados ao Trabalho), antes conhecida por LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e a surdez ocupacional.

4.6.12

A atualidade do socialismo como alternativa a crise mundial!

A ideologia das classes dominantes é imposta ao conjunto da sociedade como se fosse algo “natural”, como algo que “sempre foi e sempre vai ser assim”. É muito difundida a ideia de que “trabalhando se pode progredir” e de que, quando não se alcança um nível de vida melhor, a culpa é da pessoa por incapacidade ou preguiça. Após o fim da URSS e dos regimes do Leste Europeu, o neoliberalismo difundiu o individualismo exacerbado como meio para melhorar de vida, negando a visão coletiva da luta de classes e, mais ainda, a estratégia socialista. sse tipo de ideologia está apoiado no crescimento econômico, que pode dar essa ilusão de progresso social ao oferecer pequenas melhoras à vida dos trabalhadores. Hoje, no Brasil, essas posições são majoritárias nas massas trabalhadoras. Obviamente, nesse momento, os lucros dos patrões aumentam muito mais, mas isso não é discutido. Existem momentos- em geral em crises econômicas e ascensos- em que essas ideologias se chocam diretamente com a realidade. A crise econômica europeia vem desgastando todo esse edifício ideológico. O suicídio de um aposentado na Grécia é um desses exemplos brutais, um símbolo de uma época. Ele dizia em sua última carta: “E, sendo que a minha idade avançada não me permite reagir de forma dinâmica (embora se um colega grego pegasse uma Kalashnikov, eu estaria bem atrás dele), não vejo outra solução senão pôr, de forma digna, fim à minha vida, para que eu não me veja obrigado a revirar o lixo para assegurar o meu sustento. Eu acredito que os jovens sem futuro um dia vão pegar em armas e pendurar os traidores deste país na praça Syntagma, assim como os italianos fizeram com Mussolini em 1945”.Estamos tratando de um aposentado de um país que, até pouco tempo atrás, era considerado imperialista. Alguém que trabalhou toda sua vida e agora se suicida por não poder mais se manter com o mínimo de dignidade. A juventude de países europeus como a Grécia, Portugal e Espanha também não tem a mínima possibilidade de reeditar o nível de vida de seus pais. O proletariado desses países está perdendo as conquistas que conformaram o chamado “estado de bem estar social”. Os ativistas dos movimentos sociais desse país deveriam refletir sobre esse episódio grego. O crescimento atual no Brasil não vai durar para sempre. A dimensão dos ataques na Europa serve para mostrar a face verdadeira do capital. Não é por acaso que o socialismo volta a ascender.Não existe nada mais atual que o socialismo. As crises econômicas não são um fenômeno da natureza como os tsunamis, são produtos do capitalismo. Pode-se acabar com as crises, acabando com o capital e planificando a economia.