FILIE-SE A UNIÃO DOS ESTUDANTES DE MARIANA!

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12.8.12

CONSTRUIR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO DENTRO DE CADA SALA DE AULA!

Somos a grande maioria da população de nosso país e do mundo. Somos milhões. Entretanto, estamos entre os que mais sofrem. O injusto e ultrapassado sistema de sociedade em que vivemos, o capitalismo, em sua fase final, o imperialismo, nega nossos direitos, tolhe nossa criatividade e nos reprime. Queremos trabalhar e não temos emprego. Queremos estudar, e o governo corta as verbas para a educação. Queremos comida, e muito dos jovens brasileiros passam fome. Queremos música, esporte, cultura e, no entanto, quase tudo, o dinheiro, o capital, transforma em sua imagem e semelhança. Roubam nossos sonhos. Tiram-nos a possibilidade de nos realizarmos plenamente como seres humanos e de encontrarmos a felicidade a que temos direito. O nosso país está dividido em classes antagônicas, entre capitalistas e trabalhadores, tanto na cidade como no campo, entre exploradores e explorados, e é governado pelo poder ditatorial da burguesia, dos grandes banqueiros nacionais e estrangeiros. Os ricos, graças à super-exploração dos trabalhadores, ficam cada vez mais ricos, e os pobres, cada dia mais pobres. Para a burguesia prevalece o lucro fácil, a apropriação das verbas públicas, a corrupção e a certeza da impunidade. Para o povo, a miséria e a violência policial sobre os trabalhadores e seus filhos.Somente através de livre e combativa organização dos estudantes, juntantamente com a classe operária, os camponeses pobres e as camadas populares, conseguiremos vencer a guerra contra o capitalismo, e construi uma sociedade socialista, fruto da revolução proletária.Enquanto isso precisamos continuar travando grandes batalhas pela democratização do ensino, pela liberdade de expressão dentro das salas de aula e contra a privatização da educação.

Também é de extrema importância os movimentos em defesa do passe-livre estudantil e em solidariedade as juventudes combativas de todo o mundo.É nesse contexto que surge em  1 de Setembro de 2001, a Frente Estudantil Rebelião em Mariana, responsável pela reorganização do Movimento Estudantil Revolucionário na região dos Inconfidentes.Desde 2002, depois do seu Primeiro Congresso, a Frente Estudantil Rebelião, passou-se a se chamar União dos Estudantes de Mariana, tendo seu registro crivado em cartório.Atualmente a União dos Estudantes de Mariana, representa mais de 11 mil alunos regularmente matriculados na cidade e nos distritos da primeira capital de Minas.Temos como patrono, o jovem funcionário público, José Helber Gomes Goulart, militante estudantil, líder operário e guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional, sendo natural de Mariana, Helber sempre dedicou sua vida em prol da melhoria das condições de vida do nosso povo.Helber Goulart, assim como tantos outros revolucionários nascidos nas cidades de Mariana e Ouro Preto, foi brutalmente assassinado, depois de inúmeras torturas nos porões da Ditadura, em São Paulo, no final dos anos 70.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE MARIANA DENUNCIA REPRESSÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS!

Rebeliao entrevista Julia, militante da UJR e presidente do Grêmio do Estadual Central, detida dentra da escola pela PM de Minas ao convocar os estudantes para a manifestação pelo meio-passe em Belo Horizonte.

Júlia RaffoREBELIÃO: Júlia, a Policia Militar de Minas se fez presente no Estadual Central para inibir a presença do movimento estudantil na escola. O que aconteceu?
JÚLIA: Há mais de um mês estamos tentando ser recebidos pelo diretor da escola,para dialogar a respeito da atuação do Grêmio. Em todos os momentos, fomos tratados com arrogância por parte do diretor, que alegou que o Grêmio não existe, inclusive inclusive trocando a fechadura de nossa sala para tentar impedir o acesso dos estudantes à entidade. No dia em que os policiais entraram na escola, estávamos eu, Bruno e mais 4 integrantes do Grêmio passando em sala para apresentar a entidade e mobilizar para a passeata do meio passe, que aconteceria no dia seguinte. Ao tentarmos subir a rampa da escola, um funcionário agrediu Laryssa Rayanne (diretora do Grêmio) e ameaçou bater no Bruno. Os estudantes que estavam no corredor se indignaram e começaram a vaiar. Chegaram diversos funcionários, a mando da direção, tentando nos expulsar da escola. Como estávamos respaldados pela lei, permanecemos lá. A direção chamou a polícia, que alegou não se importar com a lei e, com muita truculência, me deu uma chave de braço e prendeu a mim e ao Bruno. 

REBELIÃO: Júlia, a ação dos funcionários da escola combatendo o movimento estudantil e até agredindo estudantes dentro do Estadual Central é uma constante? Já existiram outros casos? Como os estudantes tem reagido?
JÚLIA: No Estadual Central, situações como essa já aconteceram diversas vezes, e com a total conivência da direção. No ano passado, organizamos uma grande passeata dos estudantes do turno da tarde, pela exoneração da funcionária Cristina Buzelin, que há anos desrespeitava os estudantes com comentários e atos homofóbicos, e também contra o Grêmio, chegando a dizer que sente saudades da Ditadura Militar, pois naquela época jovens dirigentes eram torturados e brutalmente assassinados. O fato estourou quando a mesma agrediu verbalmente um dos diretores do Grêmio, que é estrangeiro, alegando que o estudante era "um uruguaio que não vale nada", e que nem o próprio país o reconhecia.

REBELIÃO: Júlia, depois dessa agressão como foi a volta à escola? Estudantes de outras instituições entraram em contato com você?
JÚLIA: A indignação tem tomado conta da escola, desde o acontecido. Na hora em que fomos colocados à força na viatura, os estudantes tentaram fazer um cordão para não deixar o carro passar. No dia seguinte, fizemos uma panfletagem e muita gente se colocou à disposição de contribuir e participar ativamente do Grêmio para acabar com os ataques da direção. Recebemos ligações e mensagens de estudantes de diversas escolas. Também recebemos apoio de diversas entidades, como o Grêmio do CEFET-MG, Villa Lobos, comissão pró-grêmio do Instituto de Educação e DCE's que na mesma hora foram à escola prestar solidariedade.

REBELIÃO: Júlia, qual o recado que vocês gostariam de deixar para os leitores dessa entrevista quanto a participação de vocês no movimento e esse ato arbitrário e fascista praticado pela direção da escola e pela PM de Minas?
JÚLIA: Que não devemos pensar em desistir, nem por um segundo. O Governo de Minas Gerais tem em suas mãos um aparelho forte, como a direção várias escolas, e tenta usá-lo para acabar com a luta dos trabalhadores e principalmente dos estudantes, pois sabe que a juventude tem espírito de luta. Essa atitude só demonstra que nossa luta é forte o suficiente para perturbá-los. Portanto, esse é o momento de avançar, aumentar a mobilização dos estudantes e mostrar que não aceitaremos uma nova Ditadura Militar e que, mais do que isso, lutaremos até o fim pela plena liberdade

John Lennon na mira do FBI e a entrevista perdida!

Jonh Lennon e Chê Guevara, Chicaco, 1966.
Documentos confirmam o que até então era apenas uma paranoia dos adeptos da teoria da conspiração:Nixon mandou   investigar  John Lennon sob a acusação de ''comunismo''.

Os documentos, divulgados esta semana depois de uma luta legal de um quarto de século, somente confirmam o caráter progressista e envolvido de Lennon e a obstinação do governo Nixon em investigar de maneira suja e sub-reptícia tudo o que remotam.Teria sido esse o motivo do cantor britântico ter se separado do restante dos Beatles?Nem Tony Blair vai ordenar a invasão dos EUA nem os documentos eram tão importantes quanto o FBI fizera supor com base em um segredo obstinado que agora se mostra infundado e paranóico. Durante 25 anos o Departamento de Justiça se negou sistematicamente a desclassificar os últimos documentos sobre a investigação a que o governo Richard Nixon submeteu o beatle John Lennon durante seus anos de residência no país.Os advogados do FBI, obcecados por manter em segredo esses papéis, chegaram a alegar diante de um juiz que publicá-los seria extremamente perigoso porque ''contêm informação sobre a segurança nacional proporcionada por um governo estrangeiro sob uma promessa expressa de confidencialidade; é razoável esperar que se essa promessa for rompida se tomem represálias diplomáticas, econômicas e militares contra os EUA'', exagerou o FBI.O ''governo estrangeiro'' era o do Reino Unido, o conteúdo dos informes era na realidade inócuo e a ''possibilidade razoável de represálias militares'' hoje parece uma piada. Os documentos, divulgados esta semana depois de uma luta legal de um quarto de século, somente confirmam o caráter progressista e envolvido de Lennon e a obstinação do governo Nixon em investigar de maneira suja e sub-reptícia tudo o que remotamente pudesse ser incluído na categoria de ''comunista''.Nixon também temia que Lennon apoiasse publicamente seu rival democrata nas presidenciais de 1972, George S. McGovern, e odiava ver um artista tão admirado em manifestações contra a Guerra do Vietnã.Segundo o historiador John Wiener, os últimos documentos sobre a investigação de Lennon demonstram que o governo Nixon gastou uma fortuna em dinheiro público sem jamais conseguir demonstrar que suas atividades fossem ''uma ameaça'', nos termos da época.Não existe qualquer prova de que Lennon proporcionasse algo mais que apoio ideológico a grupos de esquerda ou movimentos contra a Guerra do Vietnã. Os papéis incluem alguns detalhes da ligação de Lennon com grupos desse tipo em Londres no início dos anos 70.O elemento mais interessante está possivelmente em um relatório que o então diretor do FBI, J. Edgar Hoover, enviou ao chefe de gabinete de Nixon, H. R. Haldeman, no qual fala do interesse de Lennon ''nas atividades da extrema-esquerda na Grã-Bretanha''. ''Sabe-se que simpatiza com os comunistas trotskistas na Inglaterra'', escreve o todo-poderoso Hoover.Diante de semelhante pecado político na época, o FBI havia detectado uma hesitação de Lennon em participar ativamente de algumas iniciativas desses ''inimigos''. Os relatórios demonstram que Lennon recusou financiar iniciativas extremamente perigosas e subversivas como ''abrir uma livraria e uma sala de leitura com livros progressistas em Londres''.Dois esquerdistas britânicos, Tariq Ali e Robin Blackburn, tentaram convencer Lennon a fazer uma doação que permitisse abrir a livraria; o compositor nunca lhes deu uma libra. Afinal, Nixon acabou emaranhado no escândalo de Watergate e Lennon não foi deportado. Conseguiu sua carteira de residência em 1975.O historiador Wiener acredita que o conteúdo dos documentos ''coloca em ridículo o governo dos EUA''. E não só o da época: os advogados do Departamento de Justiça ainda lutavam nos tribunais há dois anos para evitar a revelação dos relatórios. Um tribunal federal acabou promovendo um acordo entre Wiener e o FBI, e este departamento finalmente aceitou divulgar os documentos.



11.8.12

HONRA E GLÓRIA AOS HERÓIS DO POVO!

Militante do MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO 8 DE OUTUBRO (MR-8).



Nasceu a 11 de janeiro de 1946, na Bahia, filho de Norman Angel Jones e Zuleika Angel Jones.Desaparecido desde 1971, aos 26 anos de idade.Casado com Sônia Maria Morais Angel Jones (morta). Estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Foi preso no Grajaú (próximo à Av. 28 de Setembro), no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1971, cerca das 9:00 horas, por agentes do Centro de Informações da Aeronáutica (CISA), para onde foi levado e torturado.Ao cair da noite, após inúmeras sessões de tortura, já com o corpo esfolado, foi amarrado à traseira de um jipe da Aeronáutica e arrastado pelo pátio com a boca colada ao cano de descarga do veículo, o que ocasionou sua morte por asfixia e intoxicação por monóxido de carbono.Em 08 de abril de 1987, a Revista “Isto É”, na matéria “Longe do Ponto Final”, publica declarações do ex-médico torturador Amílcar Lobo, que reconheceu ter visto Stuart no DOI-CODI/RJ, sem precisar a data.O preso político Alex Polari de Alverga é testemunha da prisão e tortura até a morte de Stuart, tendo inclusive presenciado a cena em que ele era arrastado por um jipe, com a boca no cano de descarga do veículo, pelo pátio interno do quartel.No Relatório do Ministério da Marinha consta que foi “morto em 5 de janeiro de 1971, no Hospital Central do Exército...”O Relatório do Ministério da Aeronáutica faz referências às denúncias sobre a morte de Stuart feitas por Alex Polari. Ao invés de esclarecer sua morte, dados do relatório falam da vida pregressa de Alex e finaliza dizendo: “neste órgão não há dados a respeito da prisão e suposta morte de Stuart Edgar Angel Jones.”Artigo da “Folha de São Paulo” de 2/9/79, assinado por Tamar de Castro, intitulado: “Seu filho está sendo morto, agora”:“Zuzu Angel, figurinista morta em circunstâncias ainda não esclarecidas, em 1976, relata em depoimento inédito ao historiador Hélio Silva, agora divulgado, o desaparecimento de seu filho, Stuart Edgar Angel Jones, estudante e professor, que - segundo suas denúncias - foi seqüestrado no dia 14 de julho de 1971 por agentes ligados ao Centro de Informações da Aeronáutica (CISA), e - ainda segundo as denúncias - torturado e morto na Base Aérea do Galeão.As torturas teriam sido presenciadas por outro preso político, Alex Polari de Alverga que, através de uma carta, informou Zuzu Angel das circunstâncias da morte de Stuart. Alex Polari cumpre atualmente pena de prisão no presídio da Frei Caneca, no Rio.Baseada na carta de Alex e em outras evidências, Zuzu denunciou o assassinato de Stuart - de dupla cidadania, brasileira e norte-americana - ao senador Edward Kennedy, que levou o caso ao Congresso dos Estados Unidos. A mãe do estudante morto entregou também ao secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, - quando este esteve no Brasil, em 1976 - uma carta pessoal, a tradução da carta de Alex e um exemplar do vigésimo volume da série ‘História da República Brasileira’, de Hélio Silva, onde o autor relata a morte do estudante.Segundo o historiador, o afastamento da 3ª Zona Aérea e posterior reforma do brigadeiro João Paulo Penido Burnier e a própria destituição do então ministro da Aeronáutica, Márcio Souza e Melo, estiveram relacionados com os protestos norte-americanos pela morte de Stuart.O caso Stuart Angel mistura-se com o plano de utilizacão do PARASAR para eliminação de lideranças políticas, concebido pelo brigadeiro Burnier em 1968. O plano foi denunciado pelo capitão Sérgio Miranda Ribeiro de Carvalho que, por este motivo, foi punido com base no Ato Institucional n° 5.O depoimento de Zuzu Angel foi prestado em 10 de fevereiro de 1976, um mês antes de sua morte, ao historiador Hélio Silva na qualidade de diretor do Centro de Memória Social Brasileira, da Faculdade Cândido Mendes, auxiliado por Maria Cecilia Ribas Carneiro, pesquisadora assistente. Nele, Zuzu Angel relata sua peregrinação junto a autoridades militares para ter alguma notícia sobre a prisão de seu filho, os desmentidos de que o estudante estivesse preso, feitos pessoalmente pelo general Sílvio Frota, na época comandante do 1° Exército.Zuzu Angel afirma que as torturas sofridas por seu filho foram confirmadas, inclusive, pela visita que recebeu da sra. Lígia Tedesco, mulher do brigadeiro Tedesco, amigo pessoal de Burnier. A sra. Tedesco reafirmou as torturas sofridas no CISA por ‘um rapaz’ e procurou diminuir a indignação de Zuzu assegurando-lhe que ‘esse rapaz não era o seu filho’. Oficialmente, Stuart Angel Jones foi considerado revel, julgado e absolvido pelos tribunais competentes.”